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"A serviço da humanidade" - Um lema para Princeton


Até que esse lema caiu bem


Princeton é amplamente conhecida não só por ser uma das melhores universidades da Ivy League, mas também por toda a dedicação da universidade em formar estudantes que sejam exemplares líderes e profissionais nas mais variadas áreas do conhecimento, justificando seu lema "A serviço da humanidade". Além disso, tamanha devoção a formação de indivíduos íntegros faz com que Princeton realize vários investimentos para melhorar as suas condições de pesquisa científica. Não é a toa que Princeton não somente tem inúmeros ganhadores de prêmios importantíssimos, como o Nobel, mas também grandes inventores que criam soluções inteligentes para problemas globais. Sendo assim, é possível listar inúmeras das grandes invenções e contribuições de Princeton a nossa realidade.

Princeton University



Aqui não, covid!


Com o contexto da pandemia do covid-19, inúmeros hospitais e clínicas nas proximidades da universidade tiveram um aumento alarmante no número de pacientes. Consequentemente, os suprimentos médicos ficaram cada vez mais restritos; encomendar e comprar materiais de higienização era quase impossível. Os materiais de proteção e higienização estavam quase acabando, até que os pesquisadores de Princeton resolveram entrar na jogada. Em frente a situação, os pesquisadores desenvolveram um novo modelo de PAPR (powered air-purifying respirator), um respirador e purificador utilizado por profissionais da saúde para evitar que eles entrem em contato com ar contaminado do ambiente hospitalar. Ao contrário do modelo original, que é pesado e desconfortável para ser utilizado por longos períodos, o modelo de Princeton era extremamente mais leve, fácil de se usar, confortável, prático e igualmente seguro. O dispositivo é formado por um visor de plástico, que facilita a visão do usuário, e membranas de silicone, que são encaixadas no pescoço e no rosto do indivíduo. Além disso, os modelos foram montados por voluntários, que se disponibilizaram a produzir os protetores. Como resultado, foram-se desenvolvidos mais de 1500 respiradores, que auxiliaram profundamente os profissionais da saúde da região.


PAPRs produzidos por Princeton



Essa é para os físicos de plantão


Saindo um pouco da temática da pandemia — que, aliás, ninguém aguenta mais ouvir sobre — iremos falar sobre um dos departamentos de Princeton que abriga algumas das mentes mais brilhantes da universidade e também inúmeras interessantíssimas invenções: o Laboratório de Física de Plasma de Princeton, ou PPPL. O PPPL surgiu em 1951 como um local de desenvolvimento de um projeto chamado de Matterhorn, que era primeiramente focado na produção de uma bomba de hidrogênio. Entretanto, o professor de astronomia Lyman Spitzer alterou o foco bélico do projeto, em uma pesquisa com propósito puramente pedagógico.

A partir de então, devido aos esforços de Spitzer, o PPPL foi devidamente estruturado e passou a sediar trabalhos da universidade de graduação e pós-graduação voltados a ciência de materiais, nanotecnologia, astronomia, sistema elétricos de alta voltagem e até mesmo ciências computacionais. O laboratório funciona até hoje e um dos seus mais reconhecidos projetos é o Stellerator. O primeiro modelo de Stellerator foi desenvolvido pelo próprio Spitzer na década de 50, e o conceito da máquina representa um dos primeiros estudos aprofundados na área de energia de fusão. No dispositivo, seria realizada uma reação de fusão nuclear controlada através do aquecimento de plasma em campos eletromagnéticos. Por fim, vale destacar que o modelo de Stellerator de Spitzer serve de exemplo para o desenvolvimento de inúmeros outros projetos, como o dispositivo do National Compact Stellerator Experiment (NCSX)!

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